Menos bandeira
mais respeito por favor
08 de março comemorasse a vitória
de uma luta onde visionárias, determinadas e com foco lutaram bravamente por
voz, por espaço e acabaram ganhando força em uma proporção que talvez não
imaginavam. Clara Zetkin em 1910 foi uma mulher de grande peso para essa data,
ela foi a mulher que lutou por este dia. Clara quem viu a importância de homenagear
as ativistas que lutaram, foram presas, que morreram por um propósito, por um
sonho. Igualdade de gênero, direito ao voto, melhores condições de trabalho,
foi assim que tudo começou, as ativistas buscavam melhorias em suas condições
de vida, em uma sociedade fascista e regida pelo preconceito, onde o fato de
você nascer menina traz com sigo toda uma responsabilidade, um fardo que não te
compete, mas te é imposto pela sociedade.
Hoje em
pleno XXI na era da indústria 4.0 onde nasce a geração Z, somos uma sociedade
formada pela informação, automação com grande avanço tecnológico. Avanço esse
que outras gerações como por exemplo a X, que soma a maior parte da polução,
encontra dificuldade em acompanhar. Onde o discurso de pauta fala de direito e
liberdade de expressão, onde se prega uma “liberdade” de ser o que lhe convém.
Porém é como se as motivações iniciais estivessem fragmentadas, se perderam no
decorrer dos anos. Hoje quando se fala em feminismo algumas vezes se vê um
marxismo oposto, e o simples fato de não apoia o movimento LGBTQIA+ e seus
segmentos pode te tornar um homofóbico.
Que
liberdade é essa que me tira o direito para que outros possam existir? Eu
também não mereço, não sou digna de respeito? Desculpe algumas mulheres que se
dizem feministas, pois vocês não me representam! Eu sou representada pelas
mulheres que lutam por aperfeiçoamento da lei Maria da Pena, pela integração
das mulheres no mercado de trabalho e em todas as áreas as quais se consideram
competente, ou das que escolhem ser donas de casa, cuidar dos filhos, marido, serem
estudantes, serem tudo. O Direito de serem como querem, onde querem, da forma
que lhe convém. A classe que luta para não ser julgadas e que de contra partida
não julga. Meu grito é MENOS BANDEIRAS, MAIS RESPEITO POR FAVOR.
A cultura preconceituosa, marxista, fascista,
narcisista, xenofóbica, egocêntrica estar enraizada não no gênero mais na raça
(ser humano), pois não aceitamos pensamentos divergentes, falamos sempre em
direitos e esquecemos que direito e deveres caminham em conjunto é uma via de
mão dupla, como diz minha mãe: “Um acaba onde o outro começa”. Não vou me ater
ao fato, pois não tenho profundidade para argumentar sobre o assunto, mas quero
citar aqui a mudança da linguagem neutra. O que isso difere para a sociedade em
geral? “O preconceito também não estar em mim?”, onde estar a confusão, quem sabe
exatamente quem é não tem crise de identidade. Não estamos refletimos nos
outros um problema que estar em nós? Precisamos pregar e aplicar amor, respeito
e aceitação.
Oliveira
Itapema
SC, 13 de março de 2022
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